A batalha da evangelizaçao

Cada vez que um cristão assume sua responsabilidade de testemunhar do amor de Jesus revelado no Evangelho a evangelização se concretiza e atrai a oposição do maior inimigo de Jesus e de Seu Evangelho: diabo. No texto de hoje aprendemos fatores importantes desta grande batalha da evangelização…

O CAMPO DE BATALHA É O MUNDO. Jesus nos deu um grande mandamento – “amar o próximo” (Mc 12:31) e uma grande comissão – pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16:15). O cenário para cumprir estes dois desafios é o mundo inteiro que, segundo João, “jaz no maligno” (I Jo 5:19).

Pedro, Tiago e João, os discípulos mais próximos de Jesus, foram levados por Ele ao monte (Mc 9. 2-8) onde experimentaram tranqüilidade (v. 2), intimidade (v. 2), manifestação da pureza de Jesus (v. 3), visão do céu (v. 4), prazer (v. 5) e o conhecimento da voz clara de Deus (v. 7). Ao descerem do monte com Jesus para a planície encontraram o restante dos discípulos enfrentando movimento (v. 14), discussão (v.14), agitação (v. 15). manifestação do poder do diabo (v. 17-18), frustração (v. 18), incredulidade (v. 19) e grande sofrimento (v. 20).

A evangelização, como já vimos, envolve “pregação” (Mc 3:14), mas também envolve “libertação” das forças malígnas (Mc 3:15) que se espalham pelo mundo para “roubar, matar e destruir” (Jo 10:10a). Para que ela seja efetiva precisamos aprender a “estar no mundo sem ser do mundo” (Jo 17:14-18).

OS GUERREIROS DA BATALHA SÃO O DIABO E OS DISCÍPULOS. Esta guerra espiritual é travada entre o Reino das trevas, com forças arregimentadas no inferno, e o Reino da Luz, formado pelo exército de todos os discípulos de Jesus. O diabo, mais do que se imagina, tem poder pois ele adentrou numa casa israelita e possuiu o filho da família(v. 17), emudecendo-o (v. 17), derrubando-o (v. 18), provocando anormalidades físicas (v. 18) num processo constante de aniquilamento mental, emocional e físico (v. 18 – “vai definhando…”), violentando-o (v. 20) intensamente e prolongadamente (v. 22a) com um objetivo determinado: matá-lo (v. 22).

Do outro lado da batalha estavam os discípulos de Jesus que, apesar de terem sido treinados e autorizados para expelirem espíritos malignos (Mc 6:7), na hora “h”, quando o diabo já vencera o filho, o pai, os escribas e a multidão, eles igualmente experimentaram um grande fracasso (v. 18). Assim como no passado, nós que hoje fomos convocados para esta grande peleja precisamos estar conscientes do poder das forças inimigas (I Pd 5:8) e da nossa incapacidade de vencê-las com nossas próprias forças.

O PODER VITORIOSO NA BATALHA É DE JESUS CRISTO. Na batalha da evangelização o diabo, ao perceber a aproximação de Jesus, sentiu que seu domínio de muitos anos sobre aquele filho (v. 20-22) estava prestes a ser anulado. Após ouvir uma verbalização de socorro por parte do pai (v. 22b), Jesus encorajou-o a reafirmar sua fé (v. 23-24) e promoveu uma libertação completa: pela Palavra (v.25), perceptível (v. 26), pelo toque encorajador (v.27) e pela reinclusão familiar – aquele homem que antes estivera nas mãos de satanás, pelas mãos de Jesus (v. 27) “é entregue a seu pai” (Lc 9:42).

Evangelização significa avançar no território inimigo, o mundo, no poder do Espírito (Is 61:1, At 1:8), com a certeza de que a autoridade de Jesus (Mc 6:7, Mt 28:18-20) a nós delegada é suficiente para enfrentar todos os ataques satânicos (Col 2:15, I Jo 3:8, 4:4), levando-nos à vitória (Rom 8:31-39; I Co 15:57-58; II Co 2:14; Ap 12:7-12).

CONCLUINDO, Marcos destacou a curiosidade dos discípulos em saberem a opinião de Jesus sobre as razões do seu fracasso (v. 28). Se, como eles, já fomos abençoados em tudo (Ef 1:3, II Pd 1:3-4) porque também nos sentimos algumas vezes impotentes diante dos grandes desafios da evangelização libertadora? Jesus diagnosticou esta impotência espiritual apontando para duas falhas sérias: 1.) Incredulidade (v. 19) – Ele viu sinais de incredulidade nos escribas que tentavam desprestigiá-LO, na multidão que via Seus sinais mas não assumia um compromisso, nos discípulos que não sabiam usar a Sua autoridade já conferida e no pai (v. 22). Mas, segundo Jesus, “tudo é possível ao que crê” (v. 23) – a fé é a grande arma que temos contra o inimigo (Ef 6:16, I Jo 5:4-5). Humildemente, como o pai, precisamos pedir ajuda ao Senhor em nossa falta de fé (v. 24). 2.) Falta de oração e jejum (v. 29) – as armas eficientes que conferem vitória na batalha da evangelização (Ef 6:10-20) só são conferidas àqueles que levam a sério as disciplinas espirituais da oração e do jejum, ou seja, aos que fazem do “monte da comunhão” a prioridade maior na “planície da missão”. Que o Senhor Jesus, na unção do Espírito, nos leve dia a dia a esta postura de vitória, para a glória do Pai!

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