Aprendendo a orar

Aprendendo a orar é um sermão que lhe abençoar grandemente.

De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. Lucas 11:1.

Alguém disse: “É importante que não haja registro de nosso Senhor ensinando seus discípulos a pregar; ele gastou tempo para ensiná-los a orar e como não orar.”

Hoje nós vamos apanhar um punhado de homens de Deus do passado, que se esmeraram no ensino da oração. Nosso objetivo aqui é ressaltar o valor da oração na vida dos filhos de Deus. Espero que o Espírito Santo avive os nossos corações para orar.

Segundo o pregador metodista do séc XIX, E. M. Bounds: ter “uma escola que ensinasse os pregadores a orar, da maneira como Deus considera a oração, seria mais benéfica para a verdadeira piedade, adoração e pregação do que todas as outras escolas teológicas.” Precisamos aprender a orar, porque a oração é fundamental na casa de Aba.

Nenhum discípulo de Cristo pode crescer na fé, se não aprender a orar. Sem fé não se pode agradar a Deus, e sem oração não se pode desenvolver na fé. Sabe-se que a fé vem pela Palavra de Deus, todavia ela progride através da dependência em oração.

Alguém disse: “oração sem fé é como dar tiro com o cartucho cheio de pólvora, mas sem a bala; faz um pouco de barulho, mas não tem nenhum efeito.” Muitos de nós só fazemos barulho; temos muita pólvora, o que nos falta é bala que abale o reino da trevas. Senhor Jesus! Dá-nos a tua fé, para orarmos com fé, a fim de seres engrandecido.

No séc XVII dizia-se um provérbio: sem o fervor da fé, “as orações frias sempre se congelam antes de alcançar o céu.” A fé aquece a oração e move a mão de Deus.

C. H. Spurgeon dizia aos seus alunos no séc XIX: “prefiro ensinar um homem a orar do que dez homens a pregar.” Não queremos menosprezar a pregação, só queremos afirmar que, pregação sem oração é como uma candeia sem combustível, não tem muita duração, apaga logo o pavio. A oração é o veículo que nos leva à dependência de Deus.

Samuel Chadwick, também um pregador inglês que viveu até 1932, foi deveras enfático com este propósito firme da oração: “A maior preocupação do diabo é afastar os cristãos da oração. Ele não teme os estudos, nem o trabalho e nem a religião daqueles que não oram. Ele ri de nossa labuta, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando nós oramos.” Chadwick sabia que a igreja que não ora não colabora com o reino de Deus.

Senhor, ensina-nos a orar!

Foi assim que Hudson Taylor, medico/missionário na China, entendeu o papel da oração: “quando trabalhamos, nós trabalhamos, quando oramos, Deus trabalha.” As orações implantadas por Deus no coração dos Seus filhos são a causa dEle mover as Suas mãos em favor do Seu povo.

Nós precisamos conhecer a vontade de Deus, para poder orar segundo a Sua boa vontade. E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que nós lhe temos feito. 1 João 5:14-15. O segredo da oração respondida é conhecer a vontade de Deus.

O puritano Thomas Brooks, do séc XVII, dizia: “Se você quer que Deus o ouça quando você ora, precisa ouvi-lo quando Ele fala.” A oração é um diálogo que começa no coração de Deus e gera a resposta no coração do crente. “Deus só responde aos pedidos inspirados por ele”, ensinava Ralph A. Herring.

Senhor, ensina-nos a orar!

“O homem que mobiliza a igreja cristã para orar estará dando a maior contribuição para a história da evangelização do mundo”, pontuava Andrew Murray, pastor e escritor sul-africano, nascido em 1828. Orai sem cessar!

A evangelização ocorre quando Deus chama os Seus escolhidos para anunciar a Sua Palavra com lábios purificados, enquanto o coração bate em intercessão fervorosa. Sem oração não haverá resultados de vidas santas para uma igreja saudável.

Um amado expositor bíblico do séc XVII, Matthew Henry, afirmava: “os maiores homens precisam tornar-se mendigos quando se relacionam com Cristo.” A oração não é um decreto de alguém que tem direitos, mas a súplica de pedinte que se vê indigente. Na vida espiritual não há lugar para reivindicações sindicais ou requisições empresariais.

Senhor, ensina-nos a orar!

William Law, outro pregado inglês do séc XVII, foi também preciso nesse quesito de orar: “A oração é a máxima aproximação que podemos ter de Deus, e a maior alegria em sua pessoa que podemos desfrutar neste mundo.”

Se não desfrutamos o gozo na oração, é porque não falamos com Deus, mas com a nossa mente ansiosa. A ansiedade nos tira do colo do Altíssimo e nos faz perder a alegria. Precisamos lançar sobre o Senhor toda a nossa preocupação.

Muitas petições são como listas de supermercado que nós vamos assinalando, assim que adquirimos. “O propósito da oração não é fornecer a Deus o conhecimento das coisas de que precisamos, mas confessar-lhe nosso sentimento de necessidade”, dizia o escritor A. W. Pink, um dos autores evangélicos mais influentes da 1ª metade do séc XX.

Cristo era 100% Deus e Jesus era 100% homem. Como explicar Jesus como o homem de oração, que vivia 100% pela fé? Parece que Ele jamais recorreu à sua Divina natureza para realizar algum dos Seus milagres, mas dependia totalmente do Pai, até nos momentos da maior tribulação de sua vida: Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava. Lucas 22:41. É no mínimo curiosa a figura das duas naturezas juntas, vendo-se Deus em Jesus, de joelhos, orando a Deus.

A oração não é um acessório da vida cristã; é essencial. Não sei quem disse e quando disse, mas alguém disse: “Se seus problemas dominaram sua vida ou se existem há muito tempo, experimente ajoelhar-se.” Diz um velho hino: “de joelho é melhor”!

John Bunyan nasceu em 1688 na Inglaterra e autor da obra, O Peregrino, livro mais lido depois da Bíblia, diz: “a oração é um escudo para a alma, um sacrifício a Deus e um açoite para Satanás.” Como sacrifício, quero dizer: sacrifício vivo e agradável. Não é possível pensar num encontro dos filhos amados com o Pai amoroso, em sacrifício cruel.

Martinho Lutero, reformador protestante, afirmou: “a oração é a mais poderosa de todas as armas que as criaturas humanas podem empunhar,” e foi ainda mais longe ao dizer: “acho que minha oração é maior do que o próprio diabo; se fosse diferente, Lutero teria tido outra sorte.” Sem oração não haverá vitória da vida cristã.

Sir. Isaac Newton, físico e matemático inglês do Séc XVII, e, crente em Jesus, disse: “posso usar o meu telescópio e observar milhões de quilômetros no espaço; mas posso entrar no meu quarto e, em oração, aproximar-me mais de Deus e do céu do que quando ajudado por todos os telescópios da terra.”

Citamos aqui alguns homens de Deus do passado, que viam na oração muito mais do que um ritual; viam o canal que liga os filhos de Deus com o próprio Deus através de Jesus Cristo. Como nós não sabemos orar, toda oração é dirigida ao Pai, por meio do Espírito Santo em nome de Jesus, o Autor e o Executivo da fé.

Senhor, ensina-nos a orar! Ao terminar, ainda ouviremos João Calvino, que foi reformador protestante, quando disse: “Deus não pode renunciar a seu atributo de ouvir a oração, tanto quanto ao atributo de sua existência.” Sabemos que todas as orações feitas, segundo a vontade do Pai, foram ouvidas pelo Pai: e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. Apocalipse 5:8. As orações dos santos são santamente ouvidas.

Nosso objetivo aqui é despertar a atenção dos filhos de Deus ao harmonioso e santo propósito da consagração ao ministério da oração. Peço ao Pai, em nome de Jesus, que o Santo Espírito nos transforme em verdadeiros e legítimos intercessores, para glória eterna da Trindade Santa. Louvado seja o Pai, o Filho e o Espírito Santo, por todo aquele que for feito um intercessor, pela graça plena. Aleluia! Amém!

Autor: Pr. Glênio Fonseca Paranaguá

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