O cristão e a fofoca

“Há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios é saúde.” (Provérbios 12:18)

A fofoca é um mal presente na sociedade contemporânea. Pessoas fofocam no ambiente familiar, nos espaços de trabalho, dentro dos elevadores, em ônibus coletivos, enfim, sempre que têm oportunidade. De acordo com o dicionário Caldas Aulete, significa “comentários sobre a vida alheia, mexerico, boato”. E já faz parte da natureza do homem moderno. Até mesmo as crianças já tem tal prática.

Entretanto, embora esta prática tenha tornado-se algo natural dentre os homens, o que existe na Bíblia a este respeito? Será que as Escrituras Sagradas aprovam tal costume? Ou seria pecado? Certamente muitos cristãos pensam que esta atitude é bíblica. Fofocam sobre seus próprios pastores, a respeito de lideranças de outras denominações, vizinhos, colegas de trabalho, familiares e sobre qualquer pessoa que passar pela frente. Caso fosse possível, fofocariam até mesmo sobre Jesus Cristo.

Contudo, esta é uma prática condenável pela Bíblia. O verdadeiro cristão, com desejo sincero de seguir a Deus em todas as áreas da vida, deve evitar este assunto em todas as ocasiões. Não há nenhuma hipótese, de acordo com a Bíblia, em que a fofoca possa ser praticada. O apóstolo Paulo deixou alguns importantes ensinos milenares a serem observados com atenção. Há um trecho muito interessante na carta aos Colossenses:

“Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.” (Colossenses 3:8–11)

Todo mexerico, sem exceção, contêm palavras torpes. A própria fofoca em si é um tipo de malícia e maledicência – e parte significativa de seu conteúdo traduz mentiras. Então, de acordo com a passagem bíblica citada, todos devem deixar de lado esta prática. O autor incentiva as pessoas a adotarem novas práticas, revestindo-se de novidade de vida. Importante observar que não há, na Bíblia, nenhuma exceção possível em que Deus permita a fofoca.

O apóstolo Pedro também critica o mexerico. ”Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” (1 Pedro 2:1–2) Várias das pessoas que fofocam tem inveja daquelas pessoas sobre as quais murmuram, e não tem coragem de fofocar face a face com as vítimas da fofoca. Como percebe-se nestas palavras de Pedro, toda a malícia, fingimento, inveja e murmuração devem ser deixados (abandonados, apartados, largados, colocados de lado).

O autor do livro de Provérbios diz que “o tolo de lábios ficará transtornado” (Provérbios 10:10), O mesmo escritor diz: “até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” (Provérbios 17:28). Este trecho bíblico é tão claro e óbvio que dispensa comentários. Só mesmo quem quer desobedecer a Deus fofoca conscientemente. E quem o faz de maneira consciente, o conselho é clamar a Deus por perdão e pedir força ao Criador para ser liberto deste vício pecaminoso. Afinal de contas, a fofoca nada mais é do que pecado, e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).

Pr Isaias Reis

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