A Justificação pela fé

A Justificação pela Fé é a principal doutrina do cristianismo. Martinho Lutero disse: “Esta doutrina é a cabeça e a pedra fundamental. Por si só, ela gera, alimenta, edifica, preserva e defende a igreja de Deus. E sem ela, a igreja de Deus não poderia existir nem por uma única hora”. Martin Lloyd-Jones afirmou que a justificação pela fé “é a grande doutrina central de todo protestantismo, e vocês descobrirão que em cada avivamento ela sempre vem na vanguarda”. A igreja cai ou permanece de pé por causa desta doutrina. Ela é a espinha dorsal de todas as doutrinas bíblicas. John Piper diz: “Pregar e viver a justificação pela fé glorifica a Cristo, resgata pecadores desesperados, encoraja santos imperfeitos e fortalece igrejas frágeis”.

A justificação é um ato jurídico ou uma sentença divina na qual Ele declara perdoado todo pecador que crer em Jesus. Louis Berkhof define: “A justificação é um ato judicial de Deus no qual Ele declara, baseado na justiça de Jesus Cristo, que todas as exigências da lei estão satisfeitas com respeito ao pecador”. A justificação é o contrário de condenação. Ela é um ato único e legal que remove a culpa do pecado e restaura o pecador à sua condição de filho de Deus, com todos os seus direitos, privilégios e deveres. A justificação não ocorre na vida do pecador, não produz mudanças no seu caráter, mas no Tribunal de Deus. Justificação é uma declaração e santificação é transformação. Mas, é a partir da justificação que o Espírito Santo inicia no pecador todo o processo de santificação até a sua glorificação. A justificação possui cinco características básicas, segundo o ensino de Paulo em Romanos 3.21-31.

Primeira, a justificação se origina em Deus.

A justificação pela fé é a manifestação da justiça de Deus sobre os pecadores. Ele é quem toma a iniciativa de perdoar o homem de todos os seus pecados, declarando-lhe que não existe mais nenhuma condenação contra ele. Ele é o autor da justificação, a qual não pode ser obtida pela obediência humana à lei de Deus (Gl 2.16,21). Ele é o Juiz Supremo que declara a absolvição do pecador.

Segunda, a justificação é pela fé.

A justiça de Deus é recebida mediante a fé (Rm 3.22). A justificação não acontece por causa da fé, mas, por meio ou através da fé. A fé não tem nenhum merecimento, mas é o instrumento ou a mão que recebe o presente. Esta fé não existe naturalmente no coração humano, mas é um presente de Deus. Por isso, toda pessoa para ser justificada precisa receber de Deus a fé: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).

Terceira, a justificação é uma necessidade.

Todos os homens são pecadores e necessitam do perdão de Deus. A justiça de Deus é para todos e sobre todos, judeus e gentios, porque todos erraram o alvo, deixando de ser conforme o propósito de Deus. Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.23).

Quarta, a justificação é gratuita.

A justificação é um presente que Deus concede ao homem. Paulo diz: sendo justificados gratuitamente, por Sua graça (Rm 3.24). A palavra gratuitamente significa “como um presente”, “sem pagamento”; e a palavra graça significa “por um favor imerecido”. Ela não pode ser comprada por obras humanas ou conquistada por méritos pessoais. Ela é exclusivamente pela graça.
Quinta, a justificação se baseia em Jesus Cristo.

A salvação é gratuita para o pecador, mas ela teve um alto custo para Deus. Para nós a salvação é grátis, mas para Deus custou à vida de Seu Filho. Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1Pe 1.18-19). É por meio do sacrifício de Jesus, que Deus toma a culpa do pecador e a atribui a Jesus Cristo. E a justiça que há em Jesus Cristo é imputada ao pecador. Jesus pagou a pena em nosso lugar, e por isso nenhuma condenação há para aquele que nEle confia. Creia agora mesmo em Jesus e receba a sua justificação.

Do site da
Igreja Presbiteriana de Pinheiros

Comentários

comments

Contribua com sua opinião