Amai-vos uns aos outros

Texto: Efésios 4:1 – 3.

Nosso tema é a vida comum dos santos que deve ser caracterizada, acima de tudo, pelo amor com que devemos amar uns aos outros.

Queremos abordar um novo mandamento. E o que nos ensina que devemos:

Suportar uns aos Outros


I. Introdução


Na Igreja Primitiva existiam pessoas de todos os tipos:

• Elas tinham opiniões diferentes, modos diferentes de fazer as coisas, bem como graus diferentes de maturidade.

• Algumas pessoas eram mais lerdas em fazer morrer a “natureza carnal e pecaminosa” e a revestir-se com o “novo homem”.

• Outros tinham orgulho de sua espiritualidade e das coisas que haviam alcançado de Deus.

• Outros ainda, eram muito críticos, invejosos e alguns eram muito briguentos.

• Alguns tinham maneirismos terríveis, enquanto outros tinham temperamentos explosivos.

• Em resumo: eram pessoas imperfeitas e ainda pecaminosas, apesar de serem crentes dedicados.

Por estes motivos todos, Paulo exorta os crentes a que deveriam “suportar” uns aos outros.

• Todos se encontravam em um mesmo estado de imperfeição – de uma ou de outra maneira.

• Todos precisavam se submeter ao Espírito Santo para andar de modo digno do chamado que haviam recebido.

A Igreja dos dias de hoje enfrenta estes mesmos tipos de problemas.

• Pessoas ainda são pessoas.

• Crentes ainda encontram dificuldades para “fazer morrer” seus costumes e praticas pecaminosas.

• Então, o conselho ainda é válido. Vamos tentar compreender, exatamente, o quê Paulo estava querendo dizer ao ensinar que devemos…

II. Suportar Uns Aos Outros

A. O mandamento:


• Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. – Efésios 4:1 – 3.

• Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição – Colossenses 3:12 – 14.

Note que para sermos capazes de “suportar uns aos outros” precisamos conseguir, da parte de Deus, as seguintes qualidades espirituais:

• Humildade, mansidão e longanimidade.

• Nos revestir de ternos afetos de misericórdia e ternos afetos de bondade.

Portanto, a obediência a este mandamento depende do desenvolvimento destas qualidades.

B. Definição do Mandamento.


• Suportar uns aos outros é suportar de forma graciosa aquelas atitudes que consideramos desagradáveis, ofensivas e até mesmo pecaminosas da parte de nossos irmãos na fé.

• O verbo ἀνεχόμαι – anechómai – também traduz a idéia que a repreensão, a disciplina e a correção sejam adiadas, tanto quanto possível, visando permitir o ofensor reconhecer seus erros e corrigi-los por ele mesmo.

C. Exemplos e Não Exemplos de obediência a este mandamento.

• Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos. – 2 Coríntios 11:19.

• Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos! O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? – 1 Coríntios 6:6 – 7.

D. O Ensino da Bíblia Acerca deste Mandamento.

Tanto o Novo Testamento quanto o Antigo Testamento contêm versos que tratam deste tipo de atitude de amor. Vejamos alguns:

• Provérbios 17:9 – O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigos.

• Provérbios 27:6 – Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos.

• 1 Coríntios 13:4 e 7 – O amor é paciente, é benigno;… tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

• 1 Coríntios 16:14 – Todos os vossos atos sejam feitos com amor.

Conclusão:

1. Suportar uns aos outros é um mandamento que possui as seguintes implicações:

• Esta é uma das atitudes, mediante a qual, Deus tem manifestado seu amor para com o mundo. Muitas vezes Deus esperou, de forma paciente, pelo arrependimento espontâneo do povo de Israel – ver o Salmo 78. Somente depois de muito tempo foi que Deus trouxe um justo castigo sobre seu povo.

• Pedro nos diz que Deus continua tratando os homens com paciência suportando as ofensas, porque não deseja que nenhum ser humano se perca: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” – 2 Pedro 3:9.

• Deus é paciente para conosco, e Ele nos ama como nós somos, independente dos nossos pecados e fraquezas. Nós também devemos imitar nosso Deus e suportar nossos irmãos em Cristo com suas fraquezas e pecados.

2. Quando obedecemos a este mandamento nós contribuímos para a manutenção tanto da unidade quanto da paz no seio da igreja.

3. Quando somos rápidos demais em apontar os erros, os maus hábitos, os problemas de personalidade e até mesmo os pecados nos outros, nós contribuímos para que um espírito de julgamentos e de crítica surja em nosso meio.

4. Se nos irritarmos e nos irarmos facilmente uns contra os outros então, as sementes da discórdia e da divisão serão semeadas em nosso meio.

5. O apóstolo Tiago nos recomenda o seguinte:
“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar – Tiago 1:19”.

6. E o apóstolo Pedro diz:
“Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” – 1 Pedro 4:8.

7. Quando tivermos que corrigir ou repreender a um irmão devemos fazê-lo sempre com uma atitude de amor, com humildade e desejando o melhor para ele.

8. Quando somos acintosos – provocadores – em nossas confrontações recebemos em troca uma resposta à altura do nosso próprio acinte ou provocação.

9. Quando aprendermos a criar uma atmosfera assim – paciente e longânime i.e. bondosa, magnânima e generosa – em nosso meio, nós estaremos caminhando para um ambiente onde não teremos mais nada para perdoar.

10. Que o Deus longânimo e paciente nos abençoe com estes dons que só podem proceder de suas bondosas e generosas mãos.

Que Deus abençoe a todos.
Autor: Pr. Alexandros Meimaridis 

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