Amar a Deus de todo o coração

Introdução
Muitas pessoas querem amar a Deus, gostariam de amar a Deus, mas não sabem como. Muitas pessoas não sabem nem mesmo como amar umas as outras ou receber amor umas das outras.

Se não sabemos dar amor ou receber amor deixamos de experimentar tudo o que Deus quer que experimentemos.

Quando falamos sobre amar a Deus surge um problema: O coração. Só se pode amar alguém através do coração.

O coração é a área de nossa vida que Deus fez com a capacidade de amar. Nosso coração nos impede de amar a Deus. Por que?

Porque o nosso coração é inclinado ao pecado. Há uma tendência no nosso coração que nos faz errar o alvo.

Quanto mais tentamos acertar, mais erramos. As coisas boas que queremos fazer, não fazemos, e as coisas ruins que não queremos fazer, fazemos.

Nós olhamos para o exterior, mas Deus olha para o nosso interior e diz: “O diagnóstico deste coração é a presença constante do mal. Este coração está doente. Seus sentimentos são contrários aos meus sentimentos. Ele decide fazer coisas que eu não aprovo”.

Como este coração pecaminoso pode amar a Deus? É este coração que vai para o campo missionário?

É este o coração que vai socorrer o próximo em sua aflição? É este o coração que vai levar pessoas a Cristo. Como se não consegue amar a Deus?

Se existisse uma maneira que eu pudesse receber um novo coração; um coração que naturalmente amasse a Deus e amasse o meu próximo como a mim mesmo, talvez eu teria uma chance de fazer o que Jesus me disse para fazer.

Algo tem que acontecer no nosso coração para que possamos amar a Deus.

Jesus disse que é do coração humano que vêm os maus pensamentos, a imoralidade, a mentira, os assassinatos, o adultério.

Nosso coração está fora do compasso. Alguém poderia dizer que o nosso coração precisa de um marca-passo. Não! O marca-passo não vai resolver o problema do nosso coração.

O problema é que o nosso coração tenta amar a Deus, mas não consegue. E a única coisa capaz de resolver esse problema é um transplante. Precisamos de um coração novo.

Você sabia que a Bíblia diz que nós podemos ter um coração novo? Como?

Em Ezequiel 36, verso 26 está escrito: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne”.

Ai está! Deus está dizendo que podemos ter um coração transplantado. Deus remove o nosso coração de pedra, duro, insensível, egoísta e nos dá um coração de carne; um coração que bate de compaixão pelas pessoas que estão com problemas e caídas pelo caminho.

Se você vai fazer um transplante de um órgão, você precisa de um doador. Alguns doam a medula óssea, outros doam um rim e continuam vivos, mas ninguém consegue doar o coração e permanecer vivo.

Quantos poderiam dizer: “Você precisa de um coração? Toma o meu”. Eu não sei de ninguém que tenha feito isso. Ou sei???

Quando Deus olhou dos céus para a humanidade ele percebeu que somente um transplante de coração resolveria o problema. Jesus Cristo, a segunda Pessoa da Trindade, disse: “Toma o meu coração”. E Deus tomou o coração de Jesus.

Na mesa de cirurgia que tinha o formato da Cruz do Calvário, Deus, o Grande Cirurgião, ergueu o coração da natureza de Jesus e o doou ao mundo. Ele nos doou o seu coração porque ele sabia da nossa incapacidade de amá-lo.

Na mesa de cirurgia da Cruz do Calvário, Deus nos doou o coração do seu Filho. Ali nós recebemos um coração transplantado.

Na segunda carta de Pedro, capítulo 1, versos 3 e 4, está escrito: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”.

Aqui aprendemos que o novo coração que nos foi dado por Deus é a natureza divina que passa a habitar em nós. Nosso coração humano continua o mesmo. O que há de novo é a sua capacidade de amar a Deus que antes ele não tinha.

Quando nos tornamos participantes da natureza divina e recebemos o coração de Cristo que é a própria pessoa e natureza de Cristo – através do seu Espírito Santo, passamos a ter capacidade de amar a Deus de todo coração, com todo o ser, com toda a força, com toda alma, com todo entendimento.

Amar a Deus de todo coração significa não ter o coração duro para Deus e para o próximo.

Quando eu experimentei esse transplante de coração há alguns anos eu passei a ter o desejo de amar a Deus. Meu coração deixou de ser duro e de pedra porque o Espírito Santo colocou amor em meu coração.

Praticar a obediência moral ou fazer a coisa moralmente certa se tornou uma necessidade constante dentro de mim me forçando e me pressionando a agir corretamente.

Quando Deus muda o nosso coração, todas vezes que vamos fazer algo errado, recebemos um tapinha na consciência que diz “não, não!”. Esta experiência passa a ser constante. Começamos a amar a Deus com toda a nossa alma e sentimos a presença de Deus.

Não sentimos a presença de Deus somente na Igreja, mas em todos os lugares. Deus está presente na rua, no trem, no ônibus, no metrô e na atmosfera calorosa do templo, na Igreja. Passamos a amar a Deus de todo coração, de toda alma, de todo entendimento.

Amar a Deus de todo entendimento significa usar nossa inteligência para servi-lo.

O Cristianismo não fecha o entendimento, ao contrário, amplia o entendimento. Cristianismo é para aqueles que buscam o conhecimento de Deus e repartem esse conhecimento com os outros.

Eles dizem: “Eu tenho que procurar o conhecimento de Deus, mas tenho que devolver a Deus o conhecimento maravilhoso que ele me deu. E a forma de fazer isso é compreendê-lo ao máximo para poder amá-lo. Ninguém ama a quem não conhece. É preciso conhecer a Deus para amá-lo”.

Isto é o que significa realmente amar a Deus de toda coração, de toda alma e de todo entendimento. Não é simplesmente um exercício intelectual em torno das crenças e das opiniões religiosas, mas conectar a nossa mente com a mente de Deus.

E Deus que é onisciente, que sabe de todas as coisas, reparte a sua natureza e conhecimento conosco.

Embora sejamos limitados, Deus nos dá a capacidade para entendê-lo. Quando passarmos a amá-lo de toda alma, de toda mente, de todo coração, então começaremos a amá-lo com toda a nossa força.

Vejamos o que a parábola do bom samaritano nos ensina: Jesus explica que amar a Deus com toda a nossa força significa amar ao próximo como a nós mesmos. E se não amarmos ao próximo como a nós mesmos não podemos dizer que amamos a Deus.

Algumas vezes pensamos que podemos medir nosso amor a Deus pelo sentimento que temos quando oramos ou cantamos um hino ou um corinho na Igreja. Não necessariamente! Isto é apenas parte …

Jesus diz: “Eu quero saber daquele que está caído na estrada. Eu quero saber se você está envolvido com ele. Eu quero saber se você está montado no seu jumento oferecendo ajuda ou está cavalgando em seu cavalo branco, em seu pedestal religioso; se você está muito ocupado com o ativismo religioso, com as reuniões; ocupado demais para atender pessoas caídas pelo caminho. Se não fazemos isso, não podemos dizer que amamos a Deus.

Para mim é um grande desafio perceber que Deus está avaliando minhas ações de amor para com o homem caído.

Eu preciso amar ao meu próximo como a mim mesmo tal qual Jesus ensinou. Meu amor a Deus é confirmado pelas minhas ações.

Quem é o meu próximo? Talvez você esteja fazendo esta pergunta. Deixe-me dar algumas sugestões. A pessoa caída no caminho é aquele irmão que perdeu o emprego e não tem como sustentar sua família. É aquela criança cujos pais se divorciaram e não lhe deram mais assistência afetiva. É a mulher cuja reputação foi destruída por comentários maldosos. É aquele irmão que está fragilizado porque perdeu sua saúde.

Nosso amor a Deus se revela quando nos envolvemos com aqueles que estão em aflição.

Há muitas pessoas caídas pelo caminho, mas não há bons samaritanos o suficiente para socorrê-las. Porque? Há três fatores:

1. Fator risco: poucos querem correr o risco de amar o próximo

Jamais descobrimos o prazer de ler a Bíblia se não fazemos algumas perguntas ao texto: Quem? Por que? Onde? O que? E eu fiz algumas perguntas ao texto como: “O homem atacado era gordo?” “O jumento era velho?” Se o homem era gordo e o jumento era velho, carregar aquele homem foi uma tarefa muito árdua. “O bom samaritano era rico?” “Será que ele era pobre?”.

Possivelmente era pobre porque o seu meio de transporte era um jumento.

Não socorremos esses irmãos por causa do risco. O bom samaritano não olhou em volta para ver se os ladrões ainda estavam por perto. Ele bem que poderia fazer isto porque havia o risco de ser também atacado e roubado, mas não o fez.

Nós temos medo de nos envolvermos com as pessoas porque não queremos gastar tempo e pagar o preço para ajudá-las. O preço é alto e temos medo de nos decepcionarmos.

Mas precisamos correr o risco.

2. Fator compaixão: precisamos estar próximos para sentir compaixão

O bom samaritano é movido pela compaixão. Seu coração é novo, transplantado, sua mente é a mente de cristo, logo, ele não consegue passar de largo sem fazer nada.

Você jamais terá compaixão pelas pessoas caídas no caminho se não estiver bem próximo delas, sentir o seu cheiro, secar suas lágrimas, limpar suas feridas e entender a sua dor. Um homem ou uma mulher de Deus estende suas mãos e socorre essas pessoas.

3. Fator inadequação: precisamos lidar com o medo da inadequação

Ore ao senhor e diga: “Mova o meu coração para que eu possa montar o meu jumento para socorrer aqueles que estão caídos pelo caminho e fazer o que for necessário para reabilitar essas pessoas. Assim, eu saberei que te amo de todo coração, de todo entendimento, de toda alma, de toda força, para que eu possa exercitar o meu amor por ti”.

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