Cura divina – fato real

Introdução
Em toda a história da humanidade, após a queda, o homem sempre foi acompanhado de problemas de saúde física ou emocional, exemplos em Gn. 3:16, 17; 4:5 . Em contrapartida, Deus nunca quis que o seu povo vivesse em situação angustiante, e sempre apresentou meios para que ele pudesse obter a cura de seus males, inclusive o mal maior o “pecado”; e pra esse Ele entregou o Seu Filho para libertar o ser humano da morte eterna.
Na cura Divina encontramos a libertação de nossas dores físicas e interiores, através de meios eficazes, como a Oração, a Fé e o Perdão.

I – O QUE É DOENÇA E O QUE É ENFERMIDADE?
Quando vamos ao dicionário secular, o “Aurélio”, o mais conceituado dicionário Brasileiro, com mais de 100.000 palavras, vamos verificar que doença e enfermidade têm a mesma denotação, ou o mesmo significado, informando que enfermidade é uma doença, e doença é uma enfermidade, dando algumas explicações. Por exemplo: – doença do peito – é a popular “Tuberculose”;- doenças tropicais – podemos distinguir a malária, a febre amarela, etc..; – doença terminal – aquela em que o paciente está às últimas – e aí engloba câncer, tuberculose, doenças cardíacas, malária, febre amarela, coma profundo e outras mil.

1 – Enfermidade
É aquele mal que não provoca dor, em cuja Bíblia há várias citações: coxo, paralítico (Lc.5:18), mão mirrada(Lc. 6:6), cego de nascença(Jo 9:1;32) (O cego de nascença era difícil os meios de estudo na medicina pois ela “Congênita” – gerada ao mesmo tempo de sua vida),

2 – Doença
É aquele mal em que o portador sente dor. Ela tanto pode ser patológica – Mt. 8:14/15; Mc. 1:32/34; Lc 5:12/13; 8:47/48; quanto psicológica Sl. 42:6
• Dor patológica é a sensação desagradável com variações diversas provocada pelas terminações nervosas localizadas nas imediações do problema.
• Dor psicológica – é a provocada pela doença interior – depressão, traumas, distúrbios psicológicos, solidão, culpa, ansiedade, luto, inferioridade, ira, perdas diversas. No Salmo 42 encontramos um homem tremendamente em depressão, DAVI, e onde que ele fosse, as situações lhe lembravam o estado interior e espiritual. Se o Salmo parasse no verso 5, poderíamos até dizer que o seu problema teria sido solucionado, mas nos vs. 6 e 7 ele faz um relato muito melancólico de sua situação caótica, quando ele lembra o Hermom, lugar onde nasce o Rio Jordão a aproximadamente 2.500 mt. de altitude, e de lá ele escorrega no limo e descamba rio abaixo com as águas lhe cobrindo, e naquela situação ele vê o seu problema
• Nem sempre dor significa doença: A mulher sente dores de parto, não que seja uma doença, mas por um castigo determinado por Deus por ocasião da desobediência no Eden, e são sintomas do metabolismo da geração de uma nova vida. Doença causa tristeza, gestação dá alegria.

II – CURA DIVINA
Quando estudamos sobre o Espírito Santo, especialmente sobre os dons espirituais deparamos com: DONS DE CURAR
No original grego as palavras DONS e CURAS estão no plural, vejamos I CO 12 : 9
Alguns entendem que há uma variedade de formas desse dom, e entre esses, há os que defendem que tem pessoas que:
• Têm dom de curar certo tipo de doença ou enfermidade, dom de cura específico – Na Bíblia Filipe é destacado por ser usado para curar paralíticos e coxos – At. 8:5-8
• Alguns têm dom para curar outros tipos de doenças – (At. 28:8).
• Tem aqueles que entendem que Deus dá a uma pessoa um dom na forma de suprimento de curas numa ocasião especifica, ao passo que outro suprimento é dado a outra pessoa, numa outra ocasião, podendo ser no ministério do evangelista. At. 3:6-7 estavam Pedro e João, e o Espírito Santo utilizou-se de Pedro.
• Sobre aqueles que entendem que toda cura é um dom especial, isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade. Daí o Espírito Santo não torna os homens curadores, mas providencia um novo ministério de cura para cada necessidade, à medida que ela surge na Igreja. Exemplos: a mulher do fluxo de sangue Mt. 9:20-22– a virtude (poder) trouxe para dentro de seu corpo um gracioso dom de cura ; outro também é o coxo da Porta Formosa citado acima – literalmente Pedro diz: “o que tenho, isso te dou”- isso está no singular e indica um dom específico dado a Pedro, para este dar ao coxo.Mostra-nos que não tinha um reservatório de dons de curas dentro de si mesmo, mas um novo dom para cada doente a quem ministrava.

III – A FÉ TEM QUE SER DEPOSITADO NO SENHOR
Em At. 19:11 vemos que alguns objetos de Paulo (aventais e lenços suadouros) eram tirados dele e levados aos necessitados e os milagres aconteciam à medida que estes objetos se tornavam instrumentos para que os enfermos e problemáticos expressassem a sua fé. Existe também uma observação a fazer. Muitas vezes não é fácil para um doente mostrar a sua fé. Mas Jesus sempre o encorajava e ativava a expressão ativa da fé. – Jo. 5:1… O que não se pode fazer é tornar essa forma um cerimonial. A fé tem que ser depositado no Senhor e não nos meios usados para ajudá-los.
Temos a certeza de que a maioria das pessoas presentes já foi beneficiada pela graça Divina através da cura, e isto não é de se negar. Uns foram, aos nossos olhos e ao nosso sistema de medição, de pequeno porte ou de grande porte. Mas quero salientar que pra Deus não existe dimensão de problema, seja ele morte; fluxo de sangue; mão mirrada; coxos; paralíticos; ossos quebrados; cegos de nascença; cegos acidentais; doenças interiores; traumas; complexos; lembranças dolorosas. A fonte é inesgotável, e com uma certeza, não existe fila para o atendimento (quando adoecemos estamos sujeitos a filas de hospitais, planos de saúde, SUS, tempo de reação de medicamentos, incertezas de melhoria etc…); com Deus temos um pronto atendimento, e tudo depende de nós.

IV – QUAIS OS MEIOS PARA QUE SE ALCANCE RESULTADOS?
. Em nossos dias existem muitos meios de livrarmos das doenças e enfermidades, “entre aspas”. Existem doenças provocadas por diversas situações
Agora ha pouco explicamos o que vem a ser doença e enfermidade. A Bíblia utiliza-se destes termos em toda a sua extensão, mas não permitindo uma classificação detalhada. Ela faz alusões a febres, hemorragias dermatoses (alguns tipos de doenças de pele – lepra), doenças mentais, perturbações nervosas atribuídas a possessões demoníacas, e no geral de males, aflições, fraquezas, sofrimentos – e tudo isso designam o estado normal e ordinário da humanidade decaída. A queda trouxe conseqüências da dor e penar físico sendo em seguida a finalização que é a morte.
Os sofrimentos, sorte comum do homem pecador são sinais característicos diretos ou indiretos do pecado, da maldição ou castigo?
Com relação a enfermidade-castigo poucas são as citações bíblicas a esse respeito: Nm. 12-10
At. 12:20-23; Jesus nega a discutir a questão da responsabilidade pessoal do cego de nascença (Jo9:2s..) Em qualquer instancia a doença ou enfermidade está sempre sob a intenção ou vontade de Deus. Se ela é um ataque maligno – o que acontece é uma vontade permissiva de Deus.
Quando o mal nos afeta, temos em primeiro lugar, a presença de Deus que nos conhece, e através de Jesus Cristo poderemos obter a cura de nosso problema.
1. A Oração – é a prescrição da receita. Fl. 3:6 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. 7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Como estou há algum tempo na Igreja, lembro-me que na oração sacerdotal, nos antigos moldes da liturgia do culto, o pastor ficava 5 ou mais minutos lendo todos os pedidos de oração, que os irmãos já traziam de casa e entregavam ao porteiro. Os tempos mudaram, mas hoje não abraçamos mais este roteiro tradicional, porque uma vez que cultuamos podemos interceder ao Senhor a qualquer momento. Mas a oração é um remédio eficaz para a cura tanto das doenças, como enfermidades e a cura interior.
2. A Fé – outro grande meio de obtermos a cura – Fé e Crer são termos que encontramos em quase todas as páginas do NT – Mas Hb.11:1 nos dá a definição – 1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Adicionada à oração é um antídoto veemente contra a doença, a enfermidade, as doenças interiores
3. O Perdão é outra arma ao nosso alcance, que por sinal é poderosa. Quando perdoamos nós adquirimos para nós mesmos vida abundante.
Muitas pessoas acham que é fácil – perdoar e esquecer. Guardar mágoas causa-nos um desgaste muito grande, que afeta o nosso coração (de carne) seus batimentos, a respiração, tensão muscular, reações idênticas de quando sentimos raiva. Numa pesquisa feita com mais de 70 voluntários, ficou claro que aqueles que esqueceram a pessoa do problema, e passaram a perdoando-os e enxergando sob outro ângulo, desta vez não como autor do problema, mas como um ser humano, tiveram melhores perspectiva de vida. Ao passo dos que não fizeram isso, se deram um pouco mal. Perdoar é saúde. Desses voluntários, 75 5 tinham certeza do perdão de Deus pelos seus erros passados (pecados) e desses mais da metade conseguiram perdoar alguém.

CONCLUSÃO:
Muitas das vezes temos a participação no acontecimento de algum mal em nossas vidas. Ex. abusar da alimentação; dirigir perigosamente desrespeitando as leis de trânsito, entrar em uma confusão, não tomar os devidos cuidados com a higiene – são situações que fatalmente poderemos nos dar mal.
Com isso não devemos colocar a culpa no inimigo de nossas almas, procurar algum motivo de desculpas para os nossos erros. O que devemos é buscar a presença de Deus na Oração, com Fé, Perdoando – e nossas feridas serão saradas.
PENSAMENTO:
– Quando vamos ao Senhor com Fé e Adoração, nossa saúde, tanto a física como a interior, é restaurada.
Que Deus, em Cristo Jesus, possa abençoa-los.

Pr. CARLOS MARCOS DA SILVA
Bacharelando em Teologia – I B A – INSTITUTO BÍBLICO DE ANÁPOLIS
Pastor Auxiliar – Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Anápolis GO

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