A salvação de eternidade a eternidade

Neste sermão você ira aprender sobre a salvação de eternidade a eternidade

No princípio, criou Deus os céus e a terra. Gênesis 1:1.

Aqui está o começo da terceira dimensão e do tempo, criados por Deus, que se denomina Elohim. Este nome encontra-se no plural, conduzindo-nos ao conceito trinitário de Deus, que posteriormente se torna mais evidente, na revelação da Escritura Sagrada.

Todo o início de Gênesis nos levar a crer que Deus é uma coletividade, como se fosse uma família de três pessoas, mas um só Deus. Assim, a palavra Elohim trás no seu bojo o conceito do Deus trinitário ou tri-uno, Criador dos céus e da terra.

Quando Elohim determinou criar o homem, (adam), Ele o fez de modo coletivo. É o projeto de um ser coletivo, “humanidade”. Também disse Deus (Elohim): Façamos o homem (adam) à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Gênesis 1:26a.

Adam é um nome que incorpora a ideia de comunidade. No dia em que Deus (Elohim) criou o homem (adam), à semelhança de Deus (Elohim) o fez; homem (zakar) e mulher (neqebah) os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão (adam), no dia em que foram criados. Gênesis 5:1b-2.

Elohim criou todas as coisas e o ser humano foi a última parte da criação. Não há outra realidade criada depois do homem. Ele é o ápice da criação. Adão é coletivo, um ser gregário. O macho e a fêmea são o conjunto que forma a humanidade. O macho alfa foi feito do pó da terra e a fêmea alfa retirada da costela do macho. Ela já estava nele.

O ser humano foi feito pelo Senhor Deus. Então, formou o SENHOR Deus ao homem (adam) do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem (adam) passou a ser alma vivente. Gênesis 2:7. Aqui parece que a segunda pessoa da Trindade foi a responsável por fazer o homem (adam).

Senhor é Javé e Deus é ElohimJavé é o Eu Sou. Se a Bíblia se auto explica, e assim é, então Javé é Jesus, o Eu Sou na encarnação. Por isso, acreditamos que foi Javé Elohim, o Messias ou o Cristo, o autor do projeto humano.

O Senhor Deus não apenas criou a humanidade, mas tinha um relacionamento de comunhão com o casal. Eles eram livres e podiam fazer qualquer coisa, exceto, comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Esta era um balizador da liberdade pessoal. Não há liberdade da criatura sem a obediência ao Criador.

As árvores da Vida e do Conhecimento eram sinalizadores da experiência. Se o casal tivesse comido da Árvore da Vida, seria governado pela Vida eterna, entretanto se viesse a comer da Árvore do Conhecimento de tudo, perderia a fonte da Vida. Adão e Eva eram livres para comer da Árvore da Vida, mas havia restrição quanto a do Conhecimento do bem e do mal, ou seja, “o conhecimento de tudo”.

Quando Adão desobedeceu a ordem divina, o casal perdeu a visão espiritual e passou a ter a percepção confusa de si mesmo. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Gênesis 3:7. O autoconhecimento gerou uma inadequação generalizada na raça.

A humanidade foi criada livre e capaz de obedecer a ordem de Deus, porém, a queda tornou-a escrava da desobediência e incapaz de voltar-se para Deus. Agostinho foi bem preciso: “Por ocasião da queda, os dons naturais do homem foram corrompidos pelo pecado, enquanto seus dons sobrenaturais perderam-se completamente.”

O ser humano caído encontra-se morto espiritualmente e sua vontade não tem vontade de buscar a Deus. Não há fome de Deus na alma despencada e Ele nunca será cardápio de defunto espiritual. Se alguém estiver buscando a Deus, saiba: não é você que está buscando, mas, sim, o próprio Deus. Veja como a Bíblia vê: não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Romanos 3:11. Se Deus não nos buscar, nada feito.

Antes do pecado o Senhor Deus não colocou uma cerca elétrica para impedir o casal de se aproximar da Árvore do Conhecimento do bem e do mal, contudo, depois que o ser humano caiu, Ele colocou querubins com espada flamejante para obstar à via que leva à Árvore da Vida. Antes o ser humano era livre para pecar e não pecar, agora que ele é um escravo do pecado, só a graça o pode dar acesso à Árvore da Vida – Jesus Cristo.

Desde o Éden que percebemos uma fuga do ser humano em relação a Deus e a busca de Deus em relação a aqueles que creem. Como disse R. B. Kuiper: “Se ficasse por conta dos pecadores, totalmente depravados como são, a iniciativa de reagir com fé ao evangelho, por sua própria vontade, nenhum deles tomaria essa iniciativa.”

É no mínimo curioso. A Árvore proibida não tinha vedação antes do pecado; a Árvore da Vida, após o pecado, há obstáculos ao acesso. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. Gênesis 3:24.

Ora, se Javé Elohim é o Criador do ser humano, Javé, o Eu Sou, é o Redentor dos que creem. O mesmo que o fez na criação, o redime na cruz.

O pecador, primeiro, precisa ser justificado no sacrifício do Cristo, para, depois ser vivificado com a vida que dá ingresso à Árvore da Vida e, toda essa obra tem origem em Cristo, desde a eternidade; toda ela é feita por Ele e destina-se a Ele.

É tão radical e profunda a depravação total da raça humana caída que, embora não haja nada que o ser humano mais careça do que o Evangelho da graça, não há nada que Ele menos queira. Isto significa que a conversão está fora do interesse humano. Só o milagre da graça pode levar o incrédulo à fé. Não há alternativa humana aqui.

O bebê não pode gerar-se a si mesmo, nem nascer por sua vontade, assim, a nova criatura, também, não pode se regenerar e nascer de novo, sem o poder de Deus.

O pecador precisa nascer de novo para poder participar do Reino de Deus. E para nascer de novo ou do alto, precisa ouvir o chamado de Deus. Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são (ou estão sendo) chamados segundo o seu propósito. Romanos 8:28.

Foi o Senhor quem chamou Adão. É o Senhor quem nos chama. Com disse A. S. Wood: “Só quando Deus nos procura é que podemos ser encontrados por Ele. Deus é quem busca, não quem é procurado.” Mas Deus não procura ou chama sem propósito.

Por outro lado, se alguém ama a Deus é porque foi antes amado por Deus. Na casa do Pai não há filhos escolhidos de última hora. Não há seleção por acaso, nem filhos imprevistos. Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.1 João 4:19.

A obra de Deus, para o ser humano, é dEle: começa com Cristo, na eternidade, passa por Cristo, na cruz, e, termina em Cristo, no céu. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29.

Sendo oniscientes, Deus conhece os Seus filhos, em Seus planos; consagra-os por ser soberano; chama-os por ser onipresente e convence-os por ser onipotente. Não é possível haver novo nascimento sem vivificação espiritual, convencimento do pecado, por meio do Espírito Santo e a sua vocação celestial. Assim o Espírito escolhe, vivifica, chama e convence do pecado, a todos os que creem em Cristo Jesus, como seu Salvador.

Cristo veio a este mundo cheio de graça e verdade e o Espírito Santo é quem o convence do pecado. Mas, Ele faz algo a mais nos crentes, do que nos que permanecem na incredulidade. Ele convence os que vierem a crer e opera neles “tanto o querer como o realizar segundo a sua boa vontade”. Não sei como explicar a vocação celestial.

A nossa comissão é pregar o Evangelho a toda criatura. Todavia, não estamos autorizados a diluir a mensagem da salvação. A pregação é universal, mas, a salvação é particular. Devemos anunciar a todos, para que todo aquele que nEle crer, tenha a vida eterna. Nossa missão é anunciar a boa nova ao mundo todo. A obra do Espírito é vivificar, convencer do pecado e chamar aqueles que respondem ao convite irresistível da graça.

A salvação de Cristo é eterna, não só porque, não se pode perdê-la, como não se pode esgota-la. Como disse Erich Sauer – a salvação é eterna porque foi projetada na eternidade e é eterna, porque se concretiza na eternidade. Jesus disse das suas ovelhas: Eu lhes dou a vida eterna; nunca perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. João 10:28. Aleluia por essa eterna e tão grande Salvação. Amém.

Autor: Pr. Glênio Fonseca Paranagua

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