Um sonho conquistado na perseverança

Neste sermão vamos aprender sobre um sonho conquistado na perseverança

Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Salmos 126.6

O povo tinha retornado da Babilônia feliz por conta da libertação do cativeiro, mas perplexo diante da terra devastada que encontraram. Os muros estavam derribados, assim como as casas e o templo e, por isso, não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo  (Ed 3.12-13). Choro e riso. Uma mistura traduzida nesses versos do poeta. Riso pelo retorno (nossa boca se encheu de riso), mas choro pela destruição (quem sai chorando). Choro enquanto semeia e alegria na colheita. O mesmo povo restaurado precisa ter perseverança para continuar semeando para a  conquista. Podemos perceber nesse versículo três grandes marcas da perseverança.

O povo que persevera tem a marca da resiliência 

(andando e chorando). Enquanto chora as perdas e revezes, não paralisa, nem fica intimidado, ou desanimado. Mesmo enquanto chora, mantem-se andando, firme na caminhada, virando a página, mantendo os passos, seguindo a vida. A isso pode-se chamar de resiliência. Na física, resiliência refere-se à capacidade de um material absorver energia sem sofrer deformação plástica ou permanente. Se você pressionar um travesseiro de espuma, logo que soltar ele voltará à forma anterior. Já um travesseiro de pena fica do jeito da pressão dada. Na psicologia, resiliência refere-se à capacidade de uma pessoa retornar a um saudável estado de alma após passar por tribulações. Na Bíblia, podemos perceber a resiliência de Jesus diante de sua morte pedindo que o Pai perdoasse seus algozes (Lucas 23.34). O mesmo aconteceu com Estevão quando apedrejado (Atos 6.8-15; 7.54-8.1). Também o exemplo de Paulo é muito intenso de como ele continuava andando diante de tantos revezes (2 Coríntios 11.24-28; 4.7-9). O Espírito Santo que habitava sobre esses e tantos outros é o mesmo que habita em nós!

O povo que persevera tem a marca do foco na semeadura

(enquanto semeia). Todos querem o fruto pronto, mas poucos estão dispostos a semear persistentemente boas sementes. Em geral a semente é pequena, compacta, inodora, incolor, silenciosa, mas muito poderosa, pois contém todo o DNA de sua espécie. Na vida, pequenas atitudes são sementes para o que colheremos no futuro. Semeamos com trabalho, com palavras e com atitudes. Boas sementes, bons frutos. Más sementes, abrolhos e espinhos. Boas ou más, depois de lançadas no terreno do coração, sementes criam raízes e tornam-se difíceis de se arrancar. Às vezes, uma única semente poderá produzir inúmeras colheitas. Outras vezes, somente uma colheita. Por isso, é preciso discernir o tipo da semente para cada estação da vida e estar disposto ao plantio uma ou diversas vezes. Um sorriso, uma oração, uma palavra doce, um abraço, um momento de silêncio, um olhar compassivo. Como diz a Palavra: Aqueles que são pacificadores plantarão sementes de paz e colherão uma seara de bondade (Tiago 3.18). Em Cristo somos convidados a semear tudo de bom da Palavra (Mateus 13.3-23).

O povo que persevera tem a marca da alegria da colheita

(voltará com júbilo, trazendo os seus feixes). Encontramos inúmeros textos sobre a lei da semeadura e da colheita: Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna (Gálatas 6.7-8); E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará (2 Coríntios 9.6); Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas (Eclesiastes 11.6); O que semeia justiça terá recompensa verdadeira (Provérbios 11.18). A boa notícia no reino de Deus é que não colhemos somente do que semeamos. Colhemos a semeadura de nossos pais. Colhemos as semeaduras de pessoas que nos influenciaram, abençoaram, intercederam por nós. Melhor ainda: colhemos da semeadura da graça de Cristo sobre nossa vida.

Perseverança é andar, mesmo enquanto chora, semear em todo tempo e colher com alegria os feixes do que se semeou. Somente assim nossos sonhos serão conquistados.

Autor: Rodolfo Garcia Montosa

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